O secretário de Estado francês para Assuntos Europeus, recomendou aos franceses que evitem passar férias na Espanha e em Portugal, devido à alta incidência de covid-19. Ele disse “Aqueles que ainda não reservaram suas férias, evitem. Vamos evitar Portugal e Espanha. É melhor ficar na França, ou ir para outro país”.

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O secretário de Estado destacou a Catalunha em particular, onde, segundo ele, “muitos franceses vão para festas, ou passam o verão”. Com a chegada do verão europeu e com a redução das medidas – como a retirada da obrigação de usar máscara ao ar livre em todos os momentos -, a incidência na Espanha disparou nos últimos dias, principalmente entre os mais jovens. Portugal também vem registrando um aumento dos casos de covid-19. De acordo com um relatório divulgado na primeira semana de julho, a variante Delta representa quase 90% dos novos casos de Coronavírus confirmados no país português. O secretário disse que o governo francês acompanha de perto a evolução do quadro nestes dois países, acrescentando que pode haver, “nos próximos dias”, um “reforço das medidas restritivas”. O porta-voz do governo, Gabriel Attal, afirmou que o vírus voltou a ganhar terreno devido à variante Delta, que representa “mais de 40% dos contágios” na França.
E agora o governo francês decidiu começar a cobrar pelos testes de covid-19 feitos em turistas ou viajantes de passagem pelo país. O exame era gratuito para todos, diferentemente do que acontece nos vizinhos europeus. Na capital, Paris, todos os testes de detecção da covid-19 feitos em turistas estrangeiros passaram a ser pagos a partir de 7 de julho. O procedimento agora tem um custo de 49 euros para os testes PCR e 29 euros para os testes de antígenos. Na Alemanha, por exemplo, o teste custa no mínimo 50 euros, enquanto na Áustria o procedimento pode chegar a 150 euros. Uma diferença que começou a pesar nos cofres franceses, principalmente com a temporada de férias e o aumento do número de turistas entrando no país. Sem contar com as inúmeras pessoas que vivem em regiões fronteiriças e que adotaram no cotidiano uma espécie de “turismo do teste”.
O objetivo da cobrança por parte do governo francês seria evitar o que as autoridades do país chamam de “teste de conforto”: quando uma pessoa não se vacina e multiplica o número de testes para checar que não foi contaminado pelo vírus ou para ter acesso a eventos públicos ou ao passaporte sanitário para poder viajar. A decisão vai depender do avanço da campanha de vacinação, mas as autoridades não descartam usar essa medida como forma de incitar aqueles que ainda resistem à imunização. Mais da metade da população adulta francesa já recebeu a primeira dose da vacina anti-covid e cerca de 37% já foi totalmente imunizada. No entanto, várias categorias da população resistem à vacinação, cenário preocupante especificamente entre profissionais de saúde.

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O canal é composto por Felipe Rodrigues e Ana Carolina Braga

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FRANÇA PEDE QUE CIDADÃOS NÃO ENTREM EM PORTUGAL E NEM NA ESPANHA | Como está o turismo na Europa?
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